terça-feira, 21 de outubro de 2008

You're just too good to be true

Um mês de "abraços e beijihos e carinhos sem ter fim", #41 bordada, Dilbert, "cultura é diversão", tardes preguiçosas, alegria infinita, docinhos espalhados pelos quatro cantos, estacionamento eterno, two step ao telefone, sons da natureza, Stgar Wars - the force unleashed, smurfs techno, puxadinhas no cabinho do som que está com mau contato, hamburguer sorriso, suco de uva fingindo que é vinho, camisetas de 15 reais, bibelôs do buda, subway, strawberry fields forever, caronas, marcelo camelo, chá com bolo e batata frita, perturbações na força, idas ao supermercado, freezer entupido de gelo, almofada do homem aranha, musiquinhas da serenata de natal, ajudas com o teclado, dave, beatles e até um pouquinho de saudade...
Te adoro ;)

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Intensidade





























Engraçado como eu estou tratando o blog como um diário. HAHAHAA... vocês se importam? =P
Eu sou muito egocêntrica pra escrever sobre algo além de mim mesma...
Então lá vai.
Ontem eu fui ao show do Teatro Mágico. Eu adoro Teatro Mágico, conheço a banda há 4 anos, tenho o cd e tudo mais, conheço as músicas e confesso que, até o mês passado, o outro show que eles fizeram aqui em Brasília tinha sido o melhor show da minha vida.
Pra quem não conhece o Teatro Mágico, ele é uma mistureba de músicos, atores e artistas circenses (que, nesse caso, não deixam de ser músicos e atores). O show, em espaços adequados, é muitoooo legal, tem espetáculos com trapezistas, malabaristas, palhaços e tudo que um bom circo deve ter. E assim foi o show que eu assisti espremida na terceira fileira de gente, lá na UnB exatamente há um ano.
O de ontem foi diferente. O espaço era apertado, teve trapezista, malabarista e palhaço, mas eles não tinham espaço suficiente pra se apresentar direito. O espaço para o público também deixou a desejar... e talvez por isso eu não tenha "entrado na atmosfera circense" assistindo o show de onde eu estava. Mas foi legalzinho mesmo assim...
Mas o post não é sobre isso! Na verdade, eu queria escrever sobre "como algumas coisas perdem a intensidade com o passar do tempo". Há um ano, eu duvido que teria prestado atenção nesses detalhes do show, porque estar ali era algo que eu queria há muito tempo. Naquele dia na UnB eu consegui ser imersa na atmosfera circense e aproveitar o show com tudo que ele podia oferecer.
Depois que saí do Blue Tree eu fiquei pensando nisso tudo e, pra variar, extrapolei o resultado para todo o resto. Por que certas coisas perdem a graça depois de viver uma experiência mais intensa?

Vou explicar.

No caso do Teatro Mágico, a minha percepção deve ter sido afetada por ter visto a DMB, que era uma banda que eu gostava "infinitamente" mais e que eu estava esperando há muito mais tempo. Então o Teatro Mágico perdeu a graça, só porque a DMB mudou o meu "referencial de intensidade" musical.
Então eu me pergunto se é justo (e se é bom) deixar que as experiências "maravilhosas" e
"fora da curva" sejam o meu referencial de felicidade. Será que só vou gostar de outro show quando for da DMB? Queria mesmo era aproveitar tudo como se fosse a primeira vez =/ (sim, eu sempre coloco uma frase clichê)
Oh my!!!

domingo, 19 de outubro de 2008

Horário de Verão

O céu está escuro, o relógio toca.
Você pensa: "Que droga! Ou eu programei o despertador errado, ou deu a louca no mundo e o sol esqueceu de nascer"
Não, não é nada disso. Depois de xingar a sua vontade de ficar na cama umas dez vezes, você se dá conta que é só mais um horário de verão que chega para alegrar suas manhãs.
Dizem que é bom ver o sol nascendo pelo menos uma vez ao ano. Eu concordo. E me contento em vê-lo nascendo só no dia primeiro de janeiro, porque minha idade não me permite os excessos de ficar até de madrugada na rua. Mas não... o horário de verão me obriga a ter esse contato com o início do dia mais de uma vez por ano.
E o pior é que um desses dias é logo amanhã. Amanhã!!! E isso sempre acontece! Eu sempre esqueço que o horário de verão começa no domingo, sempre vou dormir tarde e sempre tenho que acordar cedo. Droga.
Só me resta aceitar e comemorar nossas noites mais curtas, nosso humor maravilhoso pelo resto da semana, e todos os "nascer-do-sol" que veremos graças ao maravilhoso ser humano que teve essa idéia cretina de adiantar o relógio em uma hora.
O pior é que depois de um tempo a gente até que se acostuma. Se acostuma em acordar cedo, ir pra academia de madrugada, e até acha legal poder sair com os amigos com o sol ainda alto no céu, patinar depois da UnB e jantar bem naquela hora que o céu começa a escurecer e as estrelas começam a piscar. Mas, quando eu finalmente começo a gostar de tudo isso...

Pronto. Hora de atrasar o maldito relógio de novo. Esquecer das patinadas ao por-do-sol, se acostumar com o sol na sua cara pela manhã, sentir falta do horário de verão, xingar de novo o cretino que teve essa idéia ... e esperar de novo o dia de adiantar os relógios...

E minha preguiça que sai perdendo nessa história =/

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

However far away, I will always love you

Post para alguém que não pode lê-lo. Me confortaria a idéia de que talvez ele pudesse...
Hoje faz 12 anos. Me é muito estranha a idéia de que eu já vivi mais tempo sem você do que com você. Parece que foi ontem...
Parece que ainda ontem eu acordava no meio danoite e te encontrava na sala, sentado na cabeceira da mesa, tentando estudar. Seus olhos já estavam cansados e não te deixavam ler, então eu lia um pouco até que eu ficasse novamente com sono (o que geralmente acontecia em cinco minutos). Nós acordávamos sempre cedinho e íamos à Agua Mineral caminhar (eu ia nadar, na verdade) e você ficava lá me olhando, sempre atento, com seus olhos verdes que eu tanto quis copiar. Por que eu não copiei? Desastrosos milagres da genética...
Exatamente há 12 anos eu estava feliz com o presente que você me dera no dia das crianças. Eu tinha esperado tanto por aquela casinha de bonecas, e finalmente meu sonho tinha sido realizado. Nós tínhamos acabado de voltar de uma viagem curtinha, onde você já tinha dado sinais de piora. Eu percebi... tanto percebi que troquei o jantar com o resto da família para te acompanhar no hotel e ficar algumas horas a mais com você.
Logo a minha preocupação foi trocada, novamente, pela alegria do presente tão esperado. Era feriado e eu estava contente por não ir à escola. Até que você bateu na porta do meu quarto e me falou: "Filha, vou ao hospital". Eu nunca achava que era grave, afinal você sempre ia e passava alguns dias mas sempre voltava. Então eu não dei bola e falei o costumeiro: "Volta logo, tá?" e continuei com meus afazeres "importantíssimos". Só que de repente bateu uma angústia e eu saí correndo para te ver de novo. Te peguei ainda na porta de casa e consegui te dar um abraço, um último beijo e me despedir: "Fica bem, tá? Vou te fazer um desenho, caso você fique por lá".
Será que eu senti que você não voltaria?
Sinceramente, eu não sei. Só sei que nesse dia você não voltou. O desenho nunca foi terminado, só consegui pintar o amarelo do sol. E ainda tinha tanta coisa pra gente fazer! Tantos conselhos pra eu te pedir, tantas idas ao clube, tantas viagens, tantas risadas, tantos abraços, aulas de matemática, tantas broncas, tanta vida...
E há 12 anos eu tive que reaprender a viver. Eu quis até ir junto, porque naquele dia a saudade, que dói até hoje, doeu mais. E eu não sabia pra onde ir, o que fazer ou porque seguir em frente. Havia motivo pra seguir em frente?
Havia muitos, mas naquele dia eu não conseguia ver. Felizmente, mais tarde eu consegui. Tive momomentos difíceis, em que eu precisei do seu colo e da suas palavras: "Pequerrucha, vai dar tudo certo". Tive bons momentos, em que eu quis que você ficasse orgulhoso de mim. Momentos de dúvida, de alegria, de tédio, de paz, de amor, de saudade, de tristeza, momentos que eu queria e precisava dividir com você, mas não pude.
Só sei que você participou de tudo mesmo assim. Porque apesar da Érika ter vivido mais sem você do que com você, ela só é a Erika porque você exisitiu...
E me confortaria a idéia de que, talvez, você continuasse a existir em algum outro lugar.

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Outubro

“O ano já está quase acabando”, Alzira pensou quando olhou para o calendário preso em sua parede e viu que já era outubro. Como deixava tudo sempre para a última hora, ela tinha um pouco de ansiedade ao olhar para relógios e calendários porque eles sempre a lembravam das tarefas que ela quis esquecer. Mas ela tinha que olhar mesmo assim, pois já passava das nove horas e ela ainda não tinha saído da cama, e a pilha de coisas a fazer só se acumulava na sua escrivaninha. Então ela se levantou, se trocou e saiu.

Outubro era frio. Frio e seco e ela não gostava. Não gostava de vestir as roupas pesadas, as botas, as luvas e de amassar seu cabelo com aqueles chapéus que insistiam em não sair da moda. Ultimamente ela andava sem paciência e sem vontade de conversar, e só pensava no trabalho que tinha que fazer. Muito trabalho a fazer, por sinal. E seu trabalho era sempre a mesma coisa, nunca mudava e isso deixava Alzira mais sem paciência e com menos vontade de conversar. Ah, devia ser por isso que ela andava assim nesses últimos dias.

Esperando o ônibus, Alzira se perguntou por que trabalhava tanto e com algo que não gostava. Porque acordava cedo, ia pro trabalho e voltava? Não era pelo dinheiro, porque seu trabalho não pagava tão bem assim. Certamente, não era por prazer, porque prazer era a única coisa que ela não sentia ao redigir aqueles relatórios. Também não era pelos amigos, porque trabalhava num desses cubículos onde a única respiração que se pode ouvir é a sua. Então porque isso, Alzira?

Chegou a conclusão de que era porque foi sempre assim. Ela sempre fez o que tinha que ser feito. Sempre achou que sua vida tinha que ser como os planos que fez enquanto ainda era criança. Tinha que estudar, terminar a faculdade, arrumar um emprego, se casar e ter filhos. Nunca pensou no que viria após isso, e foi isso que ela fez. Estudou, formou-se, arrumou um namorado, arrumou esse emprego e só depois casou. Os filhos ainda não tinham vindo e, às vezes, ela parecia até agradecer por isso. Agradecia porque assim, sua vida insistia em sair dos planos que ela mesma tinha traçado. E isso lhe dava a sensação de estar novamente no comando do seu destino.

“Nove e quarenta e nada desse ônibus chegar”, pensou Alzira enquanto olhava, a contra gosto, para seu relógio de pulso. Olhou para a rua, viu pessoas andando apressadas, num ritmo caótico, cada uma para um lado, ninguém sorria, ninguém parava pra conversar porque não dava tempo e parecia que todos tinham trabalho a fazer. Então ela se perguntou se esse era também o plano que todos tinham feito para suas vidas, e que todos deviam ser realmente péssimos em planejamento, porque ninguém parecia feliz. E se felicidade não era o objetivo do plano, o que deveria ser?

O ônibus chegou as dez pras dez. Alzira subiu, pagou a passagem e buscou um lugar ao fundo, pois não gostava de atravessar o ônibus inteiro depois quando estivesse na hora de descer. Ao ver um senhor dormindo na cadeira ao seu lado ela perguntou se seu plano era mesmo ruim, ou se a vontade de fazê-lo funcionar a impedia de admitir seu erro e procurar um novo plano, uma nova vida. Enquanto divagava um pouco mais sobre sua vida, ela escutou um garoto, que acabara de chegar ao ônibus, dizer para o seu colega: “Ainda falta tanto tempo para as férias! Queria que dezembro chegasse logo!”

E só então Alzira percebeu que ainda tinha muito tempo, que ainda podia errar, admitir seus erros, ainda dava tempo de ser feliz, de tentar de novo, afinal, ainda faltava muito até o final do ano. E se em dois meses tudo pode mudar, tudo podia acontecer nos muitos anos que Alzira teria pela frente.

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Solidariedade

Outro dia eu descobri que o altruísmo é egoísta. A primeira vista, essa frase parece meio incoerente, não é?

Procurando da Wikipedia, encontrei a seguinte definição:

"Percebida muitas vezes como sinônimo de solidariedade, a palavra "altruísmo" foi criada em 1830 pelo filósofo francês Augusto Comte para caracterizar o conjunto das disposições humanas (individuais e coletivas) que inclinam os seres humanos a se dedicarem aos outros. Esse conceito opõe-se, portanto, ao egoísmo, que são as inclinações específicas e exclusivamente individuais (pessoais ou coletivas)"

Então o que aconteceu? A Érika ficou doida? Num parágrafo ela diz que o altruísmo é egoísta e no outro ela diz que um conceito se opõe ao outro?

Calma! Ainda não fiquei maluca.

Há quem diga por aí (Richard Dawkins, principalmente) que nós somos pequenas máquinas de sobrevivência dos genes. O nosso corpo é apenas uma configuração estável que sobreviveu devido a sua imensa capacidade de adaptação ao meio. Nossos bracinhos são desse jeito porque nossos ancestrais que tinham bracinhos assim tiveram mais sucesso do que os que não tinham, ou seja, conseguiram passar seus genes de “bracinhos desse jeito” pra frente. No livro “As origens da virtude”, o autor Matt Ridley discute, também, as características altruísticas das espécies. Seres que tinham uma “empatia” pelos seus semelhantes tinham mais sucesso evolutivo do que aqueles que não tinham, então esse comportamento foi selecionado. Dessa forma, não só as características físicas, como também as comportamentais, passaram pela seleção natural.

Em linhas gerais, nós só somos solidários porque os nossos semelhantes, mal ou bem, compartilham os nossos genes. Logo, se o seu irmão, que pode ser “metade você”, estiver passando um perrengue, você vai ajudar. Se ele sobreviver, os genes dele sobrevivem, ou seja, os SEUS genes sobrevivem. Isso, pra mim, caracteriza um comportamento egoísta.

E o mais interessante é que isso não vai de encontro com a definição de altruísmo que eu dei lá em cima. Só porque o seu altruísmo é egoísta, você não deixa de se dedicar aos outros seres humanos. E a Teoria dos Jogos ainda explica tudo isso...

A matemática é linda!!!

Ah! Eu não sou bióloga, nem considerei os aspectos socio-antropológicos do assunto. Logo esse texto foi escrito por uma leiga que está tentando dividir com o público a sua interpretação de dois livros que ela acabou de ler. Se alguém quiser saber mais sobre o assunto, eu sugiro os livros: “O Gene Egoísta” e “As origens da virtude” ou uma rápida conversa com a Taíssa e a Zaíra (antes que ela me bata hihih =*).

Eu escrevi esse texto só porque vou visitar uma creche no dia 12 de outubro. Então eu parei pra pensar porque eu estou ralando tanto na Serenata de Natal. Será que é por causa dos meus genes?:-P Prefiro não pensar...

Bem, eu acho que o motivo não importa. O que importa é que o dia das crianças / natal de muita gente vai ser mais feliz porque mais pessoas pensam como eu, né? ( Sem querer me gabar )

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

So damn lucky

Eu quero escrever. Quero escrever desde ontem quando saí do show. Mas eu simplesmente não tenho palavras. Não tenho palavras para me expressar porque elas fogem de mim, como as borboletinhas fugiram do meu cabelo lá no corcovado. Elas teimam em não se manterem na ordem que eu quero, porque nenhuma ordem parece expressar o que eu sinto. Se eu tivesse que resumir em uma palavra, eu diria que não consigo. Nem em uma, nem em mil, nem em palavras infinitas...
Porque hoje o infinito parece pouco, pequeno diante da alegria que eu sinto. E parece pouco, também, o tempo que eu esperei...
Já as cinco horas dos shows parecem enormes, infinitas. E nesse caso, o infinito é mesmo bem grande. E concentra toda a alegria dentro de si. Nunca pensei que fosse possível encontrar essa felicidade. Porque é uma felicidade diferente, é aquela felicidade que persiste e insiste em não parecer real. Assim como não pareceram reais o show, as músicas, os encontros e as pessoas que me acompanharam nessa jornada maravilhosa. As pessoas que cantaram juntas, cada versinho, cada palavrinha de cada música. As pessoas que acompanharam meu vício, que estavam ali, pertinho e dentro do meu coração, mesmo que não estivessem (vocês dois) presentes para compartilhar o momento comigo. Tudo isso contribuiu para o meu estado de êxtase, que foge das palavras que tentam limitá-lo... porque ele é infinito e, sendo assim, é incontável e imensurável e se irrita com a droga dessas palavras que não compreendem a sua grandeza.
As palavras também me fugiram quando o Dave perguntou se podia tirar uma foto comigo. Parece loucura, mas eu não consegui me expressar... mas eu tenho fotos que comprovam que foi de verdade. Eu conheci o Dave, me desapaixonei por ele (mas foi lindo mesmo assim) mesmo depois de ter compartilhado um abraço com ela (que veio lá de Olinda) me apaixonei pelo Stefan... que é a simpatia em pessoa. Até deixou eu reclamar porque não teve "The dreaming tree" no show (logo depois de ter o abraçado e agradecido por Crush eu dei a bronca) !!! Seria lindo colocar o vídeo de "The dreaming tree" num blog que se chama "Dreaming 3"...
Mas quem é louco de ligar para isso quando ouviu "#41" duas vezes e com "Sojourn of Arjuna"? Quem se importa, se esteve presente quando eles abriram um show com "Two Step" e o outro com "Bartender"? Eu ouvi "Crush" ao vivo, e me espantei por ter chorado mais em "Crush" do que em "#41". Ultimamente eu ando muito mais pra "Crush" do que pra "#41"por causa de você, que é "too much, e com quem eu quis (e tentei ) compartilhar a música. Você estava comigo, mesmo que estivesse longe... e ela também estava!!! E eles tocaram em sua homenagem, a "Say Goodbye" mais impressionante que eu já ouvi e que, nem em sonho, eu imaginei que existisse. Que solo de bateria foi aquele? Palmas para o Carter e para o Carlos Malta, presença super inesperada! =)
Eu me arrepio só de pensar nesses shows!!! Eu sou realmente "So Damn Lucky" (como dizia a minha blusa) e como eles cantaram no Rio e em São Paulo... "So Damn Lucky" por ter ouvido a música que os levou as lágrimas. Eu estava lá!!! Ouvindo "Ants Marching" com ela, que há 5 anos, entediada em uma aula, me fez uma carta com a letra dessa música. Eu vi o Dave saindo do Microfone e deixando a gente cantar "People in every direction, no words exchanged, no time to exchange". Eu ouvi "Warehouse", "THE STONE"!!! "The Stone"que, por muitos anos, foi a música da minha vida, que por muitos anos me descreveu. Eu ouvi "Dancing Nancies" com um lindo "lost somewhere in São Paulo"! E ouvi "Crash into me" numa noite fria e nublada, no exato momento em que as estrelas venceram as nuvens e deram o ar da sua graça. E teve "Cornbread", "Eh heee", com uma piadinha ótima do Dave...
E os meus amigos estavam lá! Amigos que eu conheci da forma mais improvável, mais inesperada. Amigos que eu conheci no mIRC, no orkut, amigos de perto e de muito longe. Amigos que são de verdade agora... que várias vezes tocaram violão pra mim, que várias vezes trouxeram DVDs aqui pra casa pra gente ver o "novo dvd da DMB que acabou de sair", amigos com quem eu compartilhei tantos momentos especiais. Amigos que não são mais amigos de DMB, mas que são amigos da vida, amigos pra sempre... Amigos que eu já conhecia de verdade, amigos que cantavam "Don't drink the water" pelas madrugadas dentro de um estúdio, e amigos que antes eram só virtuais. E todos eles cantaram juntos "Lately I've been feeling low..." quando o Dave desistiu de cantar porque a platéia cantava mais alto que ele...
E pra completar a festa, vieram os balões! Porque festa que se preze tem que ter balões. Mas esses foram balões diferentes... foram balões cheios de alegria, mas que, em conjunto com o "Fofinho" e o homem que toca dois instrumentos de sopro de uma vez, tentaram preencher o vazio que ele deixou. Foram balões de agradecimento e reconhecimento pelo trabalho que ele fez em uma vida, pelo trabalho que enfeitou tantas músicas, que embalou tantos momentos, pelos solos de sax que fazem parte da trilha sonora da minha (e de tantas outras) vidas... balões que vieram na hora errada, mas que fizeram do solo de #41 o momento mais perfeito de sua existência. O momento mais perfeito da MINHA existência.