Hoje eu quero escrever sobre uma das minhas principais curiosidades.
O tempo.
Isso mesmo. O tempo. Esse, que pode ser calculado pela distância e pela velocidade. Esse tempo, que parece cada vez mais curto e que escorre entre meus dedos. Esse tempo, que quando queremos que apresse, anda devagar. E que quando queremos que diminua o passo, aumenta ainda mais.
Eu queria escrever algo científico sobre o tempo. Queria compreendê-lo, conhecer suas equações, dimensioná-lo. Subtraí-lo. Multiplicá-lo. Contraí-lo quando estivesse longe de ti, e aumentá-lo quando estivesse em teus braços. E queria aprisioná-lo em minhas mãos. Ser sua senhora. A senhora do tempo.
Mas isso tudo é impossível. Não é possível expandir e contrair o tempo como se fosse uma função que se comporte como eu bem entender. O tempo não é matemático. O tempo não é mensurável, mesmo que tentemos dimensioná-lo com o tic tac dos relógios, com o período de radiação de um átomo, com o passar das noites e dos dias. Com minhas primaveras e teus verões.
O tempo nada mais é do que uma ilusão. Uma percepção. Um sopro. Um breve intervalo entre duas localidades, entre dois acontecimentos. Entre duas vidas. Entre teus beijos, teus braços e teus abraços.
Às vezes, me pergunto se seria o tempo um carrasco que nos aprisiona sempre que tentamos enganá-lo. Ou se seria uma piada de Deus. Uma piada que nos surpreende sempre que cremos tê-la decifrado? Uma piada! Uma piada que diz que a única maneira de ganhar tempo, é perder tempo.
Um paradoxo. Uma prisão. Um momento de solidão que dura eternamente. A eternidade de paixões que duram um instante. A certeza de que sempre temos tempo, e de que tudo se repete. Sem nunca voltar atrás...
Sobre o tempo, só posso dizer uma coisa: que o meu tempo seja infinito enquanto dure.
Um comentário:
lembra o livro q eu te deu de aniversario spo um pouco atrasado ne?! vc vai gostar dele... ;)
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